quarta-feira, 22 de abril de 2009
Encontro de Governador Valadares
Representantes de 35 municípios debateram o Plano Decenal em Governador Valadares.
A terceira etapa do Fórum Técnico Plano Decenal de Educação em Minas Gerais: Desafios da Política Estadual reuniu, em Governador Valadares ocorreu no último dia 3 de abril e contou com 225 inscritos.
A prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa, disse que "é pela educação que as pessoas abrem as portas das oportunidades". Ao anunciar que a educação será a prioridade dos seus quatro anos de governo, Elisa disse que sua expectativa é gerar mudanças na sociedade. Ela conclamou pais, educadores, sociedade, Legislativo e Executivo para discutirem o que deve ser melhor para a educação em Minas e nos municípios, incluindo a valorização dos profissionais e a escola de tempo integral.
Já o deputado Carlin Moura (PCdoB) disse que educação não é gasto, mas investimento. Ele fez críticas à atuação da Secretaria de Estado de Educação e apresentou estatísticas sobre evasão escolar, sobre as faixas etárias dos alunos que ainda estão no ensino fundamental e deveriam estar no ensino médio.
Mercês Meira de Alvarenga, representante do Conselho Municipal de Educação, disse que a elaboração do Plano Decenal tem que ser uma "corrente do bem". Luzielson Nunes, do SindUte, defendeu o piso salarial nacional de R$ 1.132,00 para os professores.
Coordenador do Plano Decenal rebate críticas de sindicalista
Na fase das palestras de especialistas, houve uma polêmica entre os posicionamentos de Lilian Paraguai, diretora estadual do SindUTE, e do coordenador do Plano Decenal pela Secretaria de Estado de Educação, Luiz Aureliano Gama de Andrade. A sindicalista criticou a falta de discussão sobre merenda e transporte escolar e apontou diferenças profundas de projeto pedagógico dentro de um mesmo território. Os dados por ela apresentados indicam uma grande concentração das 280 escolas-referência na Região Central do Estado, e que 91% das escolas das comunidades quilombolas não oferecem ensino até a 8ª série.
Luiz Aureliano rebateu a maior parte das críticas. Disse que são 583 as escolas-referência, e não 280 como foi dito, e que na última avaliação as 500 escolas da Rede Crescer tiveram desempenho superior às escolas-referência. Para ele, as desigualdades regionais estão sendo reduzidas pela ação do Estado, e não agravadas como disse a sindicalista.
O dirigente do Sindicato dos Professores (Sinpro) e professor da Unileste, Luiz Antônio da Silva, destacou que é preciso enfrentar o desafio de reinventar a democracia. Para ele, os conselhos estão esvaziados e apáticos, e os alunos e a comunidade não estão envolvidos na gestão das escolas. Por outro lado, defendeu uma permanência maior dos diretores de escola nos cargos, por acreditar que os resultados se tornam mais positivos. Relatou que viu, numa escola do Jequitinhonha, 25 computadores modernos estocados dentro das caixas num depósito, por falta de quem soubesse montá-los e operá-los.
fonte: Assossoria de comunicação - www.almg.gov.br
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